Na foto, presidente de CEC e conselheiro de cultura se apresentam. Crédito: Irla Andrade
Encontros dos segmentos artísticos iniciam trabalhos do biênio
Representantes da sociedade civil e do poder público do Teatro e da Literatura se reuniram nesta quarta (22.07), às 10h, no Museu de Arte da Bahia (MAB) para dar continuidade à organização das demandas políticas destes setores. Além dos membros dos Colegiados Setoriais da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), o encontro teve como convidados o presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC-BA), Márcio Ângelo Ribeiro, e o representante do Ministério da Cultura na Bahia e Sergipe, Carlos Henrique Chenaud. Entre diversos assuntos em pauta, a Lei Orgânica de Cultura da Bahia, a Lei do Fundo Estadual de Cultura, os planos setoriais e a participação dos colegiados na eleição do Conselho Nacional de Cultura acenderam os debates do dia, conduzidos pelo assessor de relações institucionais da FUNCEB, Kuka Mattos.
Os encontros dos colegiados seguem com revisão do regimento, organização de seus respectivos cronogramas, elaboração e discussão de pautas, edição dos planos setoriais, além de eleição da presidência e vice-presidência, conforme a dinâmica de cada linguagem. No caso da Literatura, com o regimento já revisado, foi reeleito o presidente Jorge Baptista Carrano. “Que o plano setorial de Literatura comece a ser executado. Vamos pautar isso junto ao Conselho”, destacou. Carrano, que também é conselheiro estadual de cultura, aponta a regulamentação profissional do escritor, o artista da palavra, como uma das metas do plano. “A profissão tem que ser regulamentada para que tanto o cordelista do interior quanto o artista de rua da capital tenham segurança na sua vida. Cabe ao colegiado provocar isso no plano setorial.”
No caso do Teatro, estão sendo elaboradas as metas do plano a curto, médio e longo prazo. Danilo Ribeiro, coordenador executivo do Colegiado, destaca a importância da participação dos segmentos artísticos em consonância com a Lei Orgânica e junto ao poder público. “Estamos cumprindo as etapas pragmáticas para o fortalecimento cada vez maior do setor”, frisou. De Piemonte da Diamantina, Luciene Rosa dos Santos destaca a necessidade da descentralização da linguagem que, na sua visão, se concentra em Salvador e deve chegar mais ao interior: “Cabe a nós do colegiado chegar ao objetivo da política de descentralização e o interior precisa saber dessa nova política”.
Danilo Ribeiro, coordenador interino de Teatro da Funceb. Foto: Irla Andrade
CONVIDADOS
“A partir da Lei Orgânica é que temos que avançar”. O presidente do CEC-BA indica que a política de cultura deve estar alinhada com o sistema estadual de cultura e articulada com a sociedade civil, incluindo os colegiados, conselho estadual, conselhos municipais, fóruns, associação de dirigentes municipais e pontos de cultura. Márcio Ângelo Ribeiro também aponta a nova configuração descentralizada do conselho, que abarca os territórios e os setores artísticos e contribuirá na relação do CEC com os Colegiados. “O Conselho está com as portas abertas para os planos setoriais”, destaca.
Já na esfera nacional, foi colocado pelo representante do Minc-BA/SE, Carlos Henrique Chenaud, que os colegiados setoriais das artes da Bahia podem participar ativamente nas políticas nacionais das artes. Trata-se da eleição dos Colegiados Nacionais de Cultura no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC-MinC) e da importância dos colegiados das artes da Bahia na participação e mobilização do processo eleitoral. “Cada colegiado pode servir como articulador das candidaturas, sendo que somente um representante de cada setor na Bahia concorrerá à etapa nacional”.
Na oportunidade, os membros da Literatura questionaram representantes do MinC sobre o porquê da não-inclusão do setor no edital da Fundação Nacional das Artes. Com isso, abriu-se uma breve discussão sobre a reformulação da Funarte.
ALCANCE E FORMAÇÃO
A plenária de abertura do encontro, ocorrida na terça (21.07), foi composta por uma mesa institucional formada pela diretora da Funceb, Fernanda Tourinho, pela diretora de Artes Lia Silveira, pela coordenadora de Literatura, Karina Rabinovitz, e os já citados Kuka Mattos e Danilo Ribeiro. Na mesa, Fernanda Tourinho destacou a importância das linguagens artísticas atreladas à Fundação e sua relação com a formação. “Era claro para mim que o Centro de Formação em Artes deveria dialogar com todas as linguagens”, recordou a gestora. Ela destaca esta inter-relação como uma prioridade de sua gestão, com o caráter da capilaridade, para chegar aos 27 territórios articulada com programa de governo de Rui Costa, “Educar para Transformar”.
As próximas reuniões são dos colegiados de Artes Visuais e Audiovisual e acontecem nos dias 28.07 e 29.07, e nos dias 30 e 31 ocorre a do setorial de Música. Elas terão o mesmo formato e pautas destas primeiras, seguidas de uma plenária com uma mesa institucional. Os planos setoriais serão direcionados ao Conselho Estadual de Cultura – CEC para aprovação e estarão disponíveis no blog dos colegiados no endereço: colegiadossetoriais.blogspot.com.br.
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